Finalmente,
Foi desta que quebrámos a malapata dos jogos em nossa casa, conseguindo uma vitória merecídissima, sobre o então quinto classificado da nossa série, o Azambuja.
Apraz-me dizer que foi talvez a exibição mais bem conseguida da época, onde, com muita garra, conseguimos demonstrar que temos capacidade para outros voos, precisamos apenas de manter esta atitude agressiva e de recuperar alguns elementos que se encontram lesionados (sendo o nosso jogador/treinador Chico o mais recente membro da enfermaria do clube). É também importante frizar que este salto qualitativo deve-se sobremaneira ao incremento da qualidade dos treinos, facto muito importante que se tinha perdido nos últimos tempos, tendo-se reflectido nos jogos, com diversas derrotas inesperadas/evitáveis.
Passando agora em revista o filme do jogo, a ADAI iniciou o jogo com Flávio na baliza, Beltrão a central (aqui está o ‘regresso’ do nosso capitão às grandes exibições), Oliveira na esquerda, João Pedro Lima na direita e Hugo a pivot. Logo nos primeiros minutos viu-se que teríamos capacidade para ganhar o jogo, na primeira jogada de envolvência da equipa, uma excelente saída de pressão, com Flávio a colocar a bola em Hugo, que a endossa a Oliveira na esquerda para uma finalização que levou a bola a embater com estrondo na quina da baliza, azar para a nossa equipa. A equipa da Azambuja, com bons executantes, diga-se, nunca se entendeu com a superior colocação da nossa equipa em campo, perdendo sucessivas bolas, que deram variados contra-ataques que embateram sempre no guarda-redes da Azambuja, elemento claramente em maior evidência em todo o jogo. As oportunidades sucediam-se na baliza da Azambuja, Hugo envia mais uma vez a bola ao poste e, na única vez que os Azambujenses se conseguiram libertar do espartilho defensivo da ADAI enviaram uma bola à trave, ficou dado o aviso. Chegou o intervalo com o resultado em 0-0 que penaliza a nossa finalização, poderíamos ter chegado ao intervalo com o jogo resolvido.
A segunda parte trouxe mais do mesmo, ADAI sempre perto do golo, que acabaria por surgir (finalmente), após um excelente passe aéreo de Osório, através de Oliveira, com uma finalização de pé esquerdo, estava feito o primeiro. Com o golo pensaríamos que a Azambuja ia finalmente puxar dos galões que lhe permitem estar a discutir os primeiros lugares, mas não, continuou o jogo na mesma toada, e o segundo golo acabaria por surgir naturalmente, com Belém, após uma jogada de insistência a fazer balançar as redes, a vitória estava próxima. No entanto, este segundo golo, trouxe uma inesperada intranquilidade na equipa, que se estava a desunir, aí Diogo tomou protagonismo, com um punhado de defesas de qualidade, quando Chico (desta vez só no banco!) pediu, e muito bem, o seu tempo de paragem do jogo, a partir desse momento controlámos sempre o jogo e estivémos sempre mais perto do 3-0 do que a Azambuja do 2-1. Perto do final do jogo, Hugo, infantilmente, procura ganhar a bola na área adversária de carrinho (!?), o árbitro não teve contemplações e exibiu o segundo cartão amarelo e consequente expulsão, na jogada seguinte a Azambuja, que já atacava com guarda-redes avançado, reduziu o marcador, 2-1. Estávamos agora a sofrer inesperadamente e injustamente, no entanto o resultado não sofreu mais alterações.